
Neste momento, mais de metade da população mundial habita em áreas urbanas, sendo que cerca de um quarto desse número reside em condições de precariedade extrema e uma porção adicional enfrenta lacunas relevantes no seu habitat. As estimativas parecem apontar para que essa percentagem tenha diminuído, mas os números terão aumentado, sendo que a iniquidade de rendimentos económicos também se terá acentuado, em especial nas economias tidas como mais desenvolvidas.
Desta forma, o debate em torno da equidade constitui uma questão de escala global, dos países do Norte aos do Sul, sendo que a actuação no ambiente construído em prol de espaços mais equitativos e do acesso democrático aos recursos urbanos constitui, cada vez mais, um desafio para arquitectos e urbanistas.
Perante as mais recentes e contrastantes dinâmicas globais de urbanização, e os actuais desafios profissionais colocados a nível internacional, pretende-se com esta unidade curricular criar um campo de discussão teórica e prática em torno da espacialização da pobreza e das disparidades nesse processo de urbanização, das preocupações sociais no campo disciplinar da arquitectura e do urbanismo, assim como das limitações e potencialidades das políticas redistributivas, de interesse social e de gestão equitativa do ambiente construído.
Assim, propõe-se aqui o estudo das disparidades nos processos de produção e gestão do ambiente construído, nomeadamente discutindo a visibilidade e o papel das faixas populacionais de menores rendimentos económicos, tanto focando nos contextos não-ocidentais (nas experiências da América Latina, Ásia e África) como nas áreas críticas dos contextos ocidentais (na evolução das políticas de interesse social e na sua situação actual).
Pretende-se portanto estabelecer um entendimento alargado das questões relacionadas com o processo de urbanização, através não só da discussão de condições extremas de disparidades e/ou limitação de recursos, mas também de enquadramento em mecanismos de gestão de múltiplos actores. Nestes contextos, o exercício profissional do arquitecto/urbanista raramente é colocado apenas numa relação cliente – prestador de serviços, mas multiplicam-se antes os intervenientes no processo de decisão, englobando recorrentemente entidades tais como estruturas públicas de regulação do território e de interesse social (a nível central, municipal e/ou local), financiadores externos, agências internacionais, organizações não-governamentais, associações locais e/ou habitantes, colocando o arquitecto/urbanista no papel de mediador e facilitador.
Propõe-se assim a construção de um olhar informado sobre realidades paradoxais, discutindo metodologias e instrumentos de intervenção, constrangimentos e potencialidades, experiências e orientações estratégicas de trabalho em equipas alargadas.
Desta forma, o debate em torno da equidade constitui uma questão de escala global, dos países do Norte aos do Sul, sendo que a actuação no ambiente construído em prol de espaços mais equitativos e do acesso democrático aos recursos urbanos constitui, cada vez mais, um desafio para arquitectos e urbanistas.
Perante as mais recentes e contrastantes dinâmicas globais de urbanização, e os actuais desafios profissionais colocados a nível internacional, pretende-se com esta unidade curricular criar um campo de discussão teórica e prática em torno da espacialização da pobreza e das disparidades nesse processo de urbanização, das preocupações sociais no campo disciplinar da arquitectura e do urbanismo, assim como das limitações e potencialidades das políticas redistributivas, de interesse social e de gestão equitativa do ambiente construído.
Assim, propõe-se aqui o estudo das disparidades nos processos de produção e gestão do ambiente construído, nomeadamente discutindo a visibilidade e o papel das faixas populacionais de menores rendimentos económicos, tanto focando nos contextos não-ocidentais (nas experiências da América Latina, Ásia e África) como nas áreas críticas dos contextos ocidentais (na evolução das políticas de interesse social e na sua situação actual).
Pretende-se portanto estabelecer um entendimento alargado das questões relacionadas com o processo de urbanização, através não só da discussão de condições extremas de disparidades e/ou limitação de recursos, mas também de enquadramento em mecanismos de gestão de múltiplos actores. Nestes contextos, o exercício profissional do arquitecto/urbanista raramente é colocado apenas numa relação cliente – prestador de serviços, mas multiplicam-se antes os intervenientes no processo de decisão, englobando recorrentemente entidades tais como estruturas públicas de regulação do território e de interesse social (a nível central, municipal e/ou local), financiadores externos, agências internacionais, organizações não-governamentais, associações locais e/ou habitantes, colocando o arquitecto/urbanista no papel de mediador e facilitador.
Propõe-se assim a construção de um olhar informado sobre realidades paradoxais, discutindo metodologias e instrumentos de intervenção, constrangimentos e potencialidades, experiências e orientações estratégicas de trabalho em equipas alargadas.
- Professor: Álvaro António Gomes Domingues
- Professor: Ana Luisa da Silva Fernandes
Período: 1ºSemestre
Unidade Orgânica: FAUP
Ano Letivo: 2025/2026
Código: 50135C5